12 de out. de 2010

Derrotar o Bloco PSDB-DEM

Com a nova conjuntura eleitoral, aberta no segundo turno da eleição presidencial, a disputa se afunilou em duas candidaturas.
Uma eventual vitória da aliança PSDB-DEM representaria a vitória da direita radical e do mais truculento estilo de dominação. Consubstanciaria o retorno à Presidência da representação política da fração mais extremista do capital financeiro na hostilidade aos trabalhadores e ao povo, ligada ao intervencionismo estadunidense em âmbito mundial e à cruzada imperialista contra os povos latino-americanos, especialmente contra a Venezuela, a Bolívia, o Equador, a insurgência colombiana e Cuba. O campo PSDB-DEM está integrado à onda reacionária e golpista que está se rearticulando no continente.
Ademais, resultaria na revitalização da direita da direita, que à época de Fernando Henrique Cardoso aplicou contrareformas – antipopulares, antinacionais e antidemocráticas – em todos os terrenos. Radicalizou a retirada dos direitos trabalhistas, privatizou o patrimônio do país, desmontou os serviços públicos, entregou as riquezas nacionais aos monopólios privados, fortaleceu os latifúndios, restringiu as liberdades democráticas, criminalizou os movimentos populares e destilou preconceitos contra os trabalhadores e os pobres.
Diante desse quadro, é preciso agir com senso prático para derrotar José Serra. Trata-se de barrar o risco de uma radicalização à direita no processo político e a pior ameaça atual aos interesses e liberdades populares. Para tanto é preciso derrotar os segmentos mais reacionários do País e buscar abrir caminho para a edificação de uma proposta política mais avançada para o povo brasileiro.
Tal posição implica agora no voto em Dilma Roussef. Ao mesmo tempo, preservamos nossa independência diante de todos os setores conservadores, mantemos nossas críticas ao atual bloco governante; e, sobretudo, reforçaremos nossos esforços para organizar e mobilizar o conjunto dos trabalhadores em torno das reivindicações populares que defendemos durante o primeiro turno.

Brasil, 10 de outubro de 2010.

60 anos da Revolta Camponesa de Porecatu.



Brigadas Populares – BP

Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes – CCLCP

Movimento Revolucionário Nacionalista – MORENA – Círculos Bolivarianos

Refundação Comunista – RC

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