1 de jul. de 2009

Carta de solidariedade a companheiros argentinos

As Brigadas Populares recebem com muita indignação a notícia de que 12 militantes, membros das organizações políticas argentinas MTR e FAR, encontram-se detidos pela polícia sob acusação de antisemitismo. A prisão dos referidos militantes se deu por ocasião de uma manifestação pacífica, ocorrida no dia 17 de maio, que buscava denunciar perante a sociedade civil a histórica política genocida do Estado de Israel e as permanentes violações dos direitos humanos contra o povo palestino que resiste na Faixa de Gaza. A detenção dos manifestantes reflete a crescente onda de criminalização das organizações populares que não ficam inertes ante às ações do imperialismo no mundo, sendo tratada como ilícita a luta pela garantia dos direitos dos povos. No caso em questão, as graves acusações mascaram a realidade dos fatos, transformando o agressor em vítima, os combatentes em criminosos. Ou seja, ao julgar a manifestação como um ato antisemita, a justiça e o governo argentino sacralizam o Estado de Israel conferindo imunidade plena aos seus crimes humanitários. Ora, o evento não intentava atingir a comunidade judaica, mas sim repudiar os ataques do Estado de Israel contra os palestinos, tal como o fizeram publicamente vários organismos internacionais. Nesse sentido, unindo nossa voz com inúmeras organizações argentinas e internacionais, reiteramos a exigência de libertação dos militantes injustamente presos, mediante retratação por parte dos poderes instituídos. Por fim, manifestamos nossa solidariedade internacionalista às organizações envolvidas e, em especial, aos respectivos militantes encarcerados que, em verdade, foram presos por lutar por um mundo em que caibam todos e todas.
Brigadas Populares, Julho de 2009

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